sábado, 16 de outubro de 2010

COC gasta R$ 15 mi para 'trocar' o papel por digital

15/10/2010 |
Leandro Martins
Folha de S. Paulo
Empresário Chaim Zaher foi à China importar lote inicial de 20 mil tablets. Equipamentos com tela sensível ao toque e sem teclado físico devem, em 2011, substituir as apostilas de papel
RIBEIRÃO PRETO - O tablet, computador portátil sem teclado físico, sonho de consumo dos aficionados por tecnologia desde o lançamento do iPad, da Apple, deve chegar às salas de aula de Ribeirão Preto já no próximo ano.
O empresário Chaim Zaher, do SEB (Sistema Educacional Brasileiro), está na China há uma semana para fechar a compra de 20 mil tablets que serão usados como material didático do COC, Pueri Domus e Dom Bosco, escolas que fazem parte do grupo. O valor do negócio é estimado em R$ 15 milhões.
A proposta, diz Chaim, é substituir progressivamente as apostilas de papel usadas em classe pelo aparelho com tela sensível ao toque.
"Ainda vai ter livro [impresso], vai ter caderno como ponto de apoio, mas o material didático mesmo vai ser via digital", afirmou Chaim.
Nilbo Nogueira, especialista em educação da PUC, diz que a adoção da nova plataforma só é efetiva no aprendizado se houver mudanças nos métodos dos professores.
O negócio é considerado uma das maiores compras de tablet feita por uma única empresa no país. "Na área da educação, com certeza [é a maior]", disse Chaim.
O computador produzido na China terá marca própria -Tablet COC. Segundo Chaim, a ideia era comprar 50 mil tablets, mas o contrato foi reduzido devido às dificuldades de entrega.
Os equipamentos chegam ao Brasil no início do próximo ano letivo. Inicialmente, serão usados por alunos das séries iniciais de cada segmento: sexto ano do fundamental, primeiro do ensino médio e início da faculdade e do ensino à distância.
Os equipamentos vão substituir os laptops que há dois anos já são usados nos colégios do grupo. No prazo de dois anos, os 65 mil alunos do SEB estarão com os tablets, afirmou Chaim.
Segundo o empresário, a utilização de tecnologias em sala de aula é algo "irreversível" e é uma tendência a ser seguida em todo o país, nas escolas privadas e públicas.
Essa "migração", porém, vai ocorrer em médio prazo, disse ele, por causa de problemas de infraestrutura que ainda existem, como o limite das redes de alta velocidade.

Fonte: www.fndc.org.br

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