segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Tecnologia ajuda o aprendizado nas escolas

26/11/2010 |
Tagil Oliveira Ramos
IT Web
Pesquisa comprova que a intervenção da tecnologia promove melhoras significativas na habilidade visioespacial dos alunos

No Colégio I. L. Peretz, na Vila Mariana, em São Paulo, os recursos de TI de três laboratórios de informática, são usados para desenvolver o tema “saúde”. A metodologia de aprendizagem é baseada em projetos, realizados nos 48 computadores ligada à internet.
Desenvolvido pelas professoras Cleide Muñoz e Roxane Nascimento, o projeto "Transformando informação e saberes em conhecimento: uma proposta de prática pedagógica", iniciado no ano 2.000, já colhe os frutos das técnicas de ensino que aliam conectividade e trabalho colaborativo.
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“A escolha do método deve-se à certeza de que o conhecimento é uma construção que só acontece quando o indivíduo interage, a partir de seus saberes anteriores, com uma informação”, explica Cleide Muñoz. “As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) facilitam o acesso à informação, a interação com ela e a divulgação do conhecimento construído”.
Os recursos de colaboração e pesquisa, amplificados pelos computadores ligados à internet, fazem com que os alunos compreendam conceitos simples e complexos ligados à ciência da saúde. Por meio de práticas interativas, são capazes de identificar comportamentos de promoção à saúde individual e coletiva, adotá-los e multiplicá-los.
“Incentivamos os alunos através de práticas de investigação científica e do trabalho em grupo”, pontua a professora Cleide. Os grupos formados são heterogêneos, para que tenham potencial o mesmo potencial humano. “As atividades em grupo são precedidas de atividades individuais e mediadas por ambientes virtuais que favorecem o compartilhamento das informações e a escrita colaborativa”. Em todas as etapas, os alunos utilizaram os recursos da web 2.0 e celulares para registro de atividades.
O caso do I. L. Peretz é somente um dos muitos exemplos em que projetos educacionais dão a mão aos recursos tecnológicos para obter melhores resultados pedagógicos. O Colégio Bandeirantes, tradicional instituição de ensino paulista, desenvolve essa estratégia desde os anos 80. Pioneiro na adoção de TI, o colégio tem boletim eletrônico desde essa época e trabalha em ambiente on-line desde a época do antigo BBS (Bulletin Board System), em que a conexão era feita somente pela linha discada.
“Os alunos têm toda a informação on-line, a chamada é feita digitalmente, e os pais podem acompanhar diariamente ocorrências referentes a seus filhos”, observa Cristiana Mattos Assumpção, coordenadora de Tecnologia Educacional. O colégio também tem um portal e salas virtuais, onde os alunos têm acesso a avisos, material de aula, material de estudo como provas de anos anteriores e gabaritos, dentre outras informações importantes da vida escolar.
Equipadas
Todas as salas são equipadas com projetores e existem 12 laboratórios com computadores, rede interna rápida, acesso wifi e notebooks nas bibliotecas. Todos os professores trabalham complementando seus cursos presenciais com material on-line.
“O Bandeirantes foi um dos primeiros a adotar o Twitter e Facebook, além de outras redes sociais, para compartilhar notícias, eventos e divulgar o que está fazendo”, afirma Cristiana. Também tem um curso de Ética e Cidadania Digital, que faz uso de redes sociais como uma espécie de laboratório, para aprender na prática a ser um bom e ético cidadão digital.
Há também aulas de reforço virtuais, e vários projetos que usam o Learning Management System (LMS) como apoio às reuniões presenciais. Os cursos curriculares usam recursos tecnológicos para ilustrar suas aulas, organizar grupos, fazer pesquisas, permitir expressão mais criativa da aprendizagem dos alunos (vídeos, fotos, música, etc).
A tecnologia tem ajudado até a evitar a sobrecarga curricular. “Com a inserção da Filosofia e Sociologia no Ensino Médio, a única maneira que tivemos de acrescentar este curso foi através do EAD, inserindo módulos em parceria com outros cursos, para não sobrecarregar mais os alunos”, diz Cristiana.
O exemplo do Bandeirantes é modelar. Uma pesquisa de mestrado de um dos seus coordenadores, feita com a ajuda da neurociência, comprova que a intervenção da tecnologia promoveu melhoras significativas na habilidade visioespacial dos alunos. Avaliações de outros projetos que utilizam tecnologias demonstram o aumento da receptividade por parte dos alunos.

Fonte: www.fndc.org.br 

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