Investimentos elevados em salários de professores tendem a elevar a qualidade da Educação, segundo os resultados do último Pisa, de 2009
Juliana Doretto
Especial para o UOL Educação
Especial para o UOL Educação
Em Brasília
Investimentos elevados em salários de professores tendem a elevar a qualidade da educação, segundo os resultados do último Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), de 2009, que aplicou provas de matemática, leitura e ciência em 65 países.
A justificativa para isso está nos bons resultados de Japão e Coreia do Sul, que empregam mais dinheiro em pagamentos melhores que em classes menores. Já entre países que preferem investir em turmas pequenas (o Pisa não cita uma média de alunos por classe), as notas são menos homogêneas.
Segundo Silvia Gasparian Colello, da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo), as dinâmicas de ensino do professor podem compensar turmas com maior número de estudantes. São métodos de trabalho descentralizados, em que o aluno é produtor, e não receptor de informações.
“Ou seja, o docente deixa de ser a figura que está em sala de aula para passar conhecimentos aos estudantes, mas para criar situações em que ele possa pesquisar. É claro, no entanto, que não estou advogando que o professor deva ter classes com cem alunos”, diz a professora.
“Ou seja, o docente deixa de ser a figura que está em sala de aula para passar conhecimentos aos estudantes, mas para criar situações em que ele possa pesquisar. É claro, no entanto, que não estou advogando que o professor deva ter classes com cem alunos”, diz a professora.
No Brasil, o professor da educação básica, em geral, tem renda 40% menor que a remuneração média de um trabalhador com o mesmo nível de escolaridade e os alunos de pedagogia são, em geral, aqueles com menor nota no vestibular ou no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
“As carreiras da licenciatura vão para pessoas que tiveram mais dificuldades. Os países que oferecem melhores salários para os professores acabam cooptando boas cabeças para lidar com a educação. E elas fazem mágica”, afirma a educadora da USP.
Fonte: UOL Educação
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